Razão

Tantas vezes observamos os acontecimentos da nossa vida e nos empossamos de razões para escolher e decidir de determinadas formas. Temos de fazer de uma ou de outra maneira porque é certo ou é errado e precisamos sempre de ter a certeza da nossa mente, da nossa razão de que aquela sim é a escolha correcta, temos sempre se ser os bonzinhos para que não nos possam apontar culpas, para não termos de ser punidos por algo que fizemos de errado. Quando escolhemos tentamos sempre mostrar que somos nós os que estamos certos e correctos, tentamos provar que somos nós quem sabe fazer as coisas da forma mais acertada e isso faz-nos por vezes tentar socorrer-nos de opiniões alheias que correspondam àquilo que queremos fazer, porque temos de ser os certos. Queremos que todos acreditem que nós é que sabemos o que estamos a fazer e nisso acabamos por nos desviar do nosso sentir porque estamos a guiar-nos por uma razão que nos diz que temos de fazer tudo bem e certo de acordo com o que é aceite e aprovável, então se alguém foge disso entramos no jogo manipulativo de mostrar que nós estamos certos para que todos possam ver que do outro lado existe um errado mas que não somos nós. Entramos neste jogo de buscar razão e formas de provar que a razão é uma verdade nossa e absoluta quando nada é absoluto a não ser o ego que nos comanda neste jogo. Vamos então despir essa razão deixando-nos sentir, colocando a atenção no que sentimos de verdade para podermos depois saber o que queremos fazer pois certo e errado são também perspectivas que fomos agarrando. Namasté! Vanessa Barros Albernaz