A Busca do Eu
StartFragment…lentamente caminhamos para um novo recolhimento, um recolhimento natural da vida, um recolhimento que decorre de um regresso de férias, de verão, de calor, cheiros e sabores doces e frescos… …regressamos aos empregos, regressamos à vida, ao mercado, ao que foi deixado, regressamos a um eu conhecido com questões agora mais fortes e latentes e que nos pedem observação atenta para qu...e a resposta possa chegar… …buscamos em nós e ao nosso redor essa resposta que nos aconchega e que torna a existência da criança que vive em nós mais serena, a resposta tranquila que queremos ouvir, a resposta que tranquiliza a mente inquieta e insegura que recorda os sentires de outrora, os sentires do antes do verão, do antes deste despertar energético que nos deu força para caminhar e continuar em frente… …procuramos em nós, nos espelhos, nos mestres, nos guias, procuramos nesse todo que nos envolve essa necessidade de ter algo mais, mas que apenas nos devolve a nós mesmo… …olhamos fora uma vez mais quando o único olhar certo é dentro, dentro desse Eu que sou, que somos, que nos acolhe e nos brinda de sentires mesmo que por vezes ainda estranhos e desconhecidos, ainda que por vezes ainda distantes do que somos, do que fomos, do que nos moldaram… …chegamos a esse núcleo infantil de medos e receios de não ser querido e amado, de não ser correspondido, de não estar a fazer o certo… …a criança interna ainda se esconde de medos, incapaz de pular de alegria apenas por Ser, pois ainda se acredita incapaz de Ser sozinha, de ser sem essa mão que a guia e que acredita que a irá levar a descobrir algo mágico… …mágico é tão só a capacidade de abraçar esse Eu e confortá-lo, olhá-lo nos olhos com a certeza que por erros e acertos somos hoje melhores que ontem, sabendo que o caminho é continuo, e que todo o aprendizado é apenas isso mais uma lição de vida para ser recebida de peito aberto. Namasté! EndFragment
