Sentir
Quanto tempo passamos nós a tentar perceber para fugir do nosso sentir, quantas desculpas encontramos para não olhar para nós, para não olhar esse mensageiro que chega e nos mostra que algo se alterou e que aquilo que era já não é mais porque somos mutáveis e o nosso sentir muda e flui ao longo do tempo e dos avanço dos dias. Quantas vezes nos foi pedido para olhar e observar este nosso lado emocional e quantas vezes nos determinamos a fazê-lo para mais tarde fugir com a velha e aceite desculpa da falta de tempo. Quantas vezes nos tentamos parar para ver o que em nós se passa com o intuito de parar o carrocel da vida mas nunca de nos pararmos a nós porque a nossa corrida para longe do sentir se continua a fazer imperial em nós. Quantas vezes desejamos não mais sentir algo, por simplesmente não sabermos como trabalhar isso em nós porque não sabemos como lidar com a nossa parte emocional. Quantas vezes mais vamos deixar o tempo passar e vamos tentar ver se algo em nós se move sem grande necessidade de pararmos, de agirmos e de mudarmos? Talvez mesmo sem vontade tenha chegado esse mágico momento em que o importante é desligarmos os nossos focos mentais e as nossas fugas para verdadeiramente percebermos o que em nós está a acontecer. Precisamos de começar a desligar a nossa mente pensante essa que nos questiona e nos diz que o sentir não é importante, que temos algo mais a fazer que olhar ou observar esse nosso lado, desligar as nossas estratégias de fuga e agradecer-nos essa possibilidade de parar a parte nossa que sempre acredita que tem algo a fazer. Chega de tentar esconder-nos de nós mesmos e de nos ocultarmos em prol do que o outro pensa, acha, ou de certos e errados em que desejamos acreditar como tabuas de salvação. Chegou o momento de simplesmente ficarmos connosco e de nos sentirmos verdadeiramente, sentir o nosso corpo, como está ele, como se sente, os nossos pensamentos como estão, calmos ou acelerados, como está o nosso coração... simplesmente sentir em total consciência e presença de quem somos. Namasté!