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Amor

Sempre que tocamos este tema lembramo-nos do amor romântico, do amor forma de vida a dois que nos foi vendido desde pequenos onde alguém sempre seria perfeito e talhado à nossa medida, sentimos que com mais ou menos consciência esta tem sido a nossa grande busca ou por vezes a grande forma de fuga… Sentimos que não sabemos o que é isso de amor e amar, porque nesse amor que nos vendem acabamos por nos tornar proprietários do outro numa tentativa de vida a dois que seja perfeita e que encaixe naquilo que acreditamos ser a felicidade enquanto casal… Se observarmos o amor de mãe e pai, quantas vezes o achamos imperfeito, quantas vezes acreditamos que não era o certo por não suprir as nossas necessidades, quantas vezes nos vimos obrigados a buscar fora o amor que acreditávamos necessitar, quantas vezes tentamos encontrar noutro alguém esse amor que acreditávamos ser nosso e que sentimos nos foi roubado ou não doado… Na verdade quando falamos de amor, a maioria das vezes surgem imagens de vários tipos mas raramente existe a do amor a nós próprios, porque sempre nos esquecemos que é dentro de nós que ele necessita de existir para que fora possa ser doado ou recebido… Partimos uma vez mais de fora para dentro quando o verdadeiro amor vem de dentro para fora, vem da nossa capacidade de nos amarmos, respeitamos, aceitarmos… de sabermos em nós cativar esse sentimento e não por um momento ou um dia mas mantendo-o vivo e desperto em nós, trabalhando-o e fazendo-o crescer a cada dia que passa para que ele possa depois ser vivido com total consciência de quem somos e para que possamos estar numa relação equilibrada e saudável onde tudo se dá e recebe de coração aberto. Namasté!

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