Frontalidade
Quantas vezes nos refugiamos em nós mesmos, quantas vezes não fazemos o que desejamos e nos escudamos por detrás de sentires onde não conseguimos ser verdadeiros e sinceros. Quantas vezes o nosso coração sente que devemos agir de determinada forma mas fazemos exactamente o contrário porque sentimos como mais correcto? Quantas vezes deixamos que o nosso racional comande as nossas decisões justificando em prol de um sentir que não é real e que ali não existe. Na verdade acabamos por nos enganar e nos manipularmos a nós mesmos, acabamos por ser reféns do nosso sentir e da nossa mente, acabamos por não conseguir ser verdadeiros e sinceros connosco, acabamos por não poder ser frontais, por não poder ser livres na forma como fazemos as coisas acontecerem para nós, escondemo-nos por detrás de medos e receios, por detrás de falsos moralismos e falsas formas de sentir para não sermos quem somos. Chegou o momento de deixarmos cair o véu, de deixarmos de pensar se queremos ou não algo, de deixar de agir em função de reconhecimento, de orgulho, de algo que nem nós sabemos o que é mas que sentimos necessitar, chegou o tempo de nos despirmos de medos para sermos verdadeiros e justos para connosco sem a necessidade de atacar ou julgar os demais. É importante deixarmos de nos mascarar e de tentar despir-nos de responsabilidades, é tempo de assumirmos quem somos com total respeito e responsabilidade por tudo o que criamos nas nossas vidas, deixando de colocar fora aquilo que acontece dentro de nós. Namasté!
Vanessa Barros Albernaz