Garra
Nos últimos tempos muito se fala de garra, de força de vontade, de conseguir atingir os nossos objectivos mas a verdade é que parece que esta nossa força teima em falhar e em não ser o que acreditamos que ela deve ser. Na verdade, a nossa força de vontade não falha, nem tão pouco se afasta de nós, apenas deixamos de a sentir quando deixamos de conseguir comprometer-nos connosco e com a nossa vida, falha quando nós falhamos o estar na vida. Por muito que o nosso desejo de que esta força venha de fora e seja algo que nos ajuda e direcciona a verdade é que ela nasce no mais profundo de nós, e se nada mais existe neste Eu profundo nada mais conseguimos alcançar. Mas como podemos nós mudar esta nossa forma de estar? Como podemos nós recuperar este nosso lado guerreiro? Mudando a nós mesmos. Precisamos primeiro que tudo perceber que parte é esta que não acredita na possibilidade de estar na vida, que parte é esta que tem medo de não ser capaz e de não conseguir, que parte é esta que desiste por medo de tentar… Na verdade muita da nossa força é perdida quando não acreditamos em nós, quando sentimos dentro um turbilhão de emoções que não conseguimos arrumar nos seus devidos lugares, muito se perde também quando começamos a tentar fazer as coisas porque alguém além de nós acredita que aquilo é o melhor para nós mesmos sendo que por vezes passamos muito tempo a tentar convencer-nos disso mesmo. É importante observar-nos, ver como estão as nossas emoções, como estamos a colocar-nos na vida, se a viver se a existir, perceber se estamos a fazer as coisas por nós, por reconhecimento ou por falta de opção… é importante permitir-nos este mergulho lento e profundo que nos leva de novo à consciência de quem somos. Namasté!