Humildade
Ontem esta palavra apareceu-me, esta palavra chegou proferida por alguém como um trunfo, proferida como um troféu, como uma conquista alcançada e deixou o meu observador atento, deixou o meu observador curioso por descobrir o que é isto e o que me queria isto dizer. Compreendi que hoje muitos são aqueles que tentam utilizar esta palavra como se de uma expressão se tratasse para mostrar que de alguma forma estamos a ser verdadeiros, como que uma forma de dizer confiem em mim pois eu sou humilde mesmo quando tudo o resto não o mostra nem demonstra… Então fui pesquisando e tentando perceber onde pela primeira vez este clique se deu e percebi que foi pelas palavras de alguém que se dizia humilde mas que ostentava uma aparência e uma vida sem qualquer simplicidade, sem qualquer modéstia, se isso é necessário para se ser humilde, acredito que não, desde que a tentativa de humildade não entre em conflito e confronto com quem nós verdadeiramente somos e com o nosso sentir, o que ali acontecia e por isso me abanava. Com o tempo fui percebendo em mim o que é isto e hoje consigo perceber que não é um estado mas sim um sentir real e verdadeiro, é um local desde onde podemos posicionar-nos e desde onde podemos olhar o outro, um lugar desde onde não precisamos de julgar, não precisamos de criticar, um lugar desde onde conseguimos observar o outro e desde onde nos permitimos sentir as coisas e captar aquilo que para nós é importante venham de onde vir, pois a humildade traz-nos a capacidade de aceitação. Aceitação do outro e acima de tudo de nós mesmos, aceitação dos nossos limites e daquilo que ainda não conseguimos desenvolver em nós por não estarmos preparados para isso mas traz-nos a capacidade de dizer o que verdadeiramente vai em nós e de vermos verdadeiros connosco. Namasté!