Dever
Quanto do nosso tempo passamos perdidos entre o que desejamos ou aquilo que queremos fazer e o dever que nos impomos ou que sentimos que nos é imposto e que clama por nós? Quantas vezes desperdiçamos o nosso tempo a tentar fazer o que não conseguimos porque parte nossa não sente vontade, porque parte nossa está distante disso que nos obrigamos a fazer… e quantas vezes sentimos que não temos qualquer outra alternativa a não ser fazer o que não queremos porque este dever é mais forte que tudo o mais? Se começarmos a observar os nossos dias, vamos perceber que na maioria deles estamos neste estado de dever, neste estado em que nos obrigamos a fazer as coisas porque dentro de nós um “tem de ser” grita e se mostra irredutível… Todos os dias nos focamos neste dever, todos os dias nos deparamos com ele mas raros são os momentos em que podemos compreender este dever como uma escolha nossa… a escolha entre esse “tem de ser” e o fazer o que realmente desejamos e queremos fazer. No entanto, o nosso controlador interno diz que temos de ir pelo dever, seja no emprego, seja no lazer damos por nós a fazer e a cumprir obrigações que nos vamos impondo por medos e receios de sermos quem somos, por medo de fugir do nosso próprio controlo e encontrar essa nossa parte desconhecida, essa nossa parte que faz de outra forma, que faz de uma forma mais honesta e verdadeira para connosco mas que nos retira qualquer poder para controlar o que se passa mas que nos traz a chave para abrir a prisão deste dever de modo a alcançarmos o prazer naquilo que fazemos. Namasté!