Fim
Todos nós passamos pela experiência do final, final de um ciclo, de uma aventura, de um relacionamento, de um curso, …, final de algo que fez parte de nós e da nossa vivência diária. Finais que por vezes aparecem como uma meta a alcançar e finais que chegam sem avisar, finais que por vezes não temos como prever, como controlar algo que tanto gostamos de acreditar ser possível, finais que nos trazem sempre novas possibilidades e novos começos. Sempre que algo termina fica a sensação do vazio do que ficou lá atrás e do que poderia continuar a ser, parece que de alguma forma perdemos um pouco de nós e muitas vezes perdemo-nos a nós na impossibilidade de saborear o final pois o final vem com a saudade do que não temos mais e do que já foi. Vivemos ainda apegados a tudo aquilo que bem ou mal nos preenche, a tudo aquilo que de alguma forma mexe cá dentro, que de alguma forma nos prende a atenção durante algum tempo, não importa se é o melhor ou o pior, não importa se queremos muito ou não a verdade é que na nossa tentativa de estar bem, acabamos a criar um zona de conforto em volta desses acontecimentos que no final se transforma num enorme vazio, num não saber como preencher o buraco que fica… Ficamos assim perdidos de nós imersos num sentir que não conhecemos e numa tentativa de recuperar partes do nosso Ser que já não sabemos quais são, ficamos numa tentativa de regressar a uma vida que já não é mais a mesma e por vezes tentamos apagar as marcas do que passamos sem saber o que verdadeiramente desejamos em nós. No final a única coisa que verdadeiramente fica é quem somos e a forma como aquela experiencia nos tocou e se nos permitirmos meditar sobre isso vamos perceber que podemos caminhar e fazer o nosso caminho de forma mais simples. Namasté!