Carta do Fim-de-Semana: Cinco de Ouros
Este fim-de-semana chega para colocar em evidência as nossas necessidades, para que possamos identificar quais são reais e quais são fruto de um querer que não sabemos onde começou e onde não conseguimos identificar o querer… Quantas vezes, nos deparamos em relações onde dar e receber são duas forças opostas, em relações onde sentimos que só damos ou só recebemos, em relações onde desejamos um equilíbrio mas que sentimos como algo impossível de acontecer… Quantas vezes, damos por nós a reagir mal, a culpabilizar os outros porque sentimos que o equilíbrio entre este dar e receber está errado e quantas vezes, nos sentimos culpados por já não querer dar ou não querer receber… A proposta que vos deixo é de olharem para dentro, de olharem no fundo de vocês mesmos permitindo-se descobrir onde estão a dar e onde estão a receber, existe uma relação equilibrada entre estes dois pólos ou são amigos improváveis de acontecer? Pedimos o que verdadeiramente necessitamos ou pedimos o que acreditamos necessitar? Pedimos por necessidade ou pedimos para tapar algo que não querermos ver em nós? Pedimos por um hábito ou pedimos por cansaço de dar? Pedimos desde onde, de que parte nossa chega o pedido e como o fazemos? Pedimos fazendo do outro o culpado, pedimos mostrando ao outro a obrigação que tem de nos dar? Pedimos por já não querermos arcar com a nossa responsabilidade?... Pedimos porque alguém nos habituou a ter tudo de graça ou porque alguém encontrou no dar uma forma de nos mostrar afecto? Pedimos ou mendigamos com pena de nós mesmos e incapazes de nos levantarmos porque é mais simples ser vitima que responsável? Recebemos o que pedimos? Sentimos que o outro não nos dá o que necessitamos ou simplesmente não recebemos por não saber receber e passamos todo o tempo a reclamar que a culpa é de quem nos dá quando somos nós que nunca está disponível a receber? Observe estas questões em si, sem medo do que poderá encontrar, sem qualquer tipo de julgamento ou necessidade, permita-se ver sem qualquer barreira e permita-se ver quem é neste jogo de dar e receber. Namasté!