Sete de Espadas

A carta de hoje vem falar-nos de enganos, de todos aqueles momentos em que deixamos de ver e de observar quem somos, de todos aqueles momentos em que nos desresponsabilizamos e que tentamos encontrar meios de a vida corresponder ao nosso querer. Quantas vezes tentamos manipular tudo e todos com rituais e com formulas mágicas, quantas vezes manipulamos pelos sonhos e pelos saberes não sabidos, manipulamos por falta de nós mesmos, manipulamos para nos sentir amados e próximos de quem não sabemos desejar. Quantas vezes utilizamos metáforas, histórias, acontecimentos para levar o outro a esse engano que apenas é nosso mas onde nos limitamos e prendemos por medo de abrirmos asas e sermos felizes? Quantas vezes o nosso profundo nos tenta mostrar o verdadeiro caminho e quantas vezes fugimos dele porque encontramos nestes jogos de poder formas mais simples de viver, pois a responsabilidade deixou de nos pertencer pelo medo que temos de uma liberdade que acreditamos impossível de conquistar? Onde nos perdemos de nós e onde deixámos de viver cada momento com esse toque mágico, onde o sonho dança e cria poesia para mais tarde recitarmos e encaixarmos… Namasté!