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Desde onde estou a viver?


A grande questão que hoje se coloca é esta, desde onde estou a viver? Desde que vida, desde que história, desde que perspetiva, desde que ponto… desde onde vivo? E onde deixei de viver?

Provavelmente aqui muitos se interrogam sobre o porquê desta questão. Talvez pareça mesmo uma questão estranha e longínqua, uma questão sem qualquer lógica ou fundamento, uma questão que talvez ninguém queira de verdade responder…

Será que já alguma vez alguém parou para se observar e colocar esta questão? Talvez alguns já o tenham feito mas talvez muitos ao fazê-lo tenham em seguida dito a si mesmos que esta era uma questão tonta, uma questão sem sentido e sem necessidade de ser respondida.

A verdade é que esta questão é crucial para sabermos o momento em que nos encontramos e o momento onde verdadeiramente estamos a viver.

E para alguns encontrar e observar esta resposta é bem mais aterrador do que a pergunta em si.

Quantos de nós vão perceber que vivem desde a vida do outro, vivem desde esse ponto em que são salvadores natos, em que se colocam como que bombeiros em SOS de alguém que necessite apenas para não terem de olhar para si mesmos…

Quantos de nós vão perceber que vivem desde uma vida que não é sua, tentando controlar tudo o que o outro faz, sente, deseja, tentando ser importante e fazer parte daquela vida e daquele Ser mas sem saber quem na realidade é…

Quantos de nós vão perceber que vivem naquilo que um dia foram, num passado não vivido e por isso não passado, num tempo não existente mas repleto de sonhos e passes mágicos onde tudo pode ser feito e mudado, onde tudo pode ser transmutado e onde fingimos existir mas num tempo sem presença e por isso irreal…

Quantos de nós vão perceber que vivem lá à frente, vivem no que está por vir, vivem no controlo de tudo o que acreditam que a vida lhe pode trazer, vivem num teatro de ensaios onde se preparar para qualquer imprevisto que venha até si mas num tempo que talvez nunca possa existir pois o controlo apenas é mental e na maioria das vezes um simples espelho de medos e sombras insuspeitas…

Quantos de nós vão perceber que desde o verdadeiro Ser que são nada se passa, pois o vazio tomou conta deles e por isso fogem e se escudam em tudo aquilo que trás um pequeno aceno de paz…

Quantos de nós realmente estão na vida e conscientes de si, das suas necessidades, dos seus desejos, dos seus quereres, quantos estão realmente no tempo do aqui e agora, vivendo cada momento desfrutando do bom e do menos bom, desfrutando de si e com total respeito pela sua história, pela sua bagagem e pelos demais deixando que cada um seja o que é sem necessidade de agradados desagradados podendo apenas Ser e viver desde esse ponto em que sabemos quem somos?

Namasté!

Vanessa Barros Albernaz

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