Pausa...
Existem momentos na vida em que tudo nos pede uma pausa, nos pede para pararmos, nos pede um pouco mais de respeito por nós, pelo nosso corpo que nada mais é, que a nossa casa, que o nosso templo.
Um templo que achamos que tem de aceitar tudo aquilo que lhe fazemos, seja com ou sem consciência de que o estamos a maltratar... , verdade á que acabamos por esticar a corda, acabamos por impor ao nosso corpo um ritmo que ele não quer, que não necessita...
E é nesse momento que o corpo se revolta, que ele nos obriga a parar... mas e agora? Parar? Porquê? Porque não pode ele continuar no ritmo que lhe estamos a impor?
Simplesmente, porque ele é parte nossa, porque temos de aprender a ser inteiros e não bocados de algo, bocados de qualquer coisa que não nos apetece ver, trabalhar ou aceitar.
E é nesses momentos que começamos a observar quão fácil se torna desmembrar-nos, quão fácil o não olhar para o todo que somos, quão fácil é fingir que somos algo, que estamos algo, apenas por medo de SER!
Medo de ser inteiro, de termos de nos confrontar com todas as partes de nós, com essas luzes e sombras que Somos e que encerramos em nós, que escondemos e tentamos não ver e não aceder, mas que chegam a cada pausa forçada ou escolhida ou que a vida nos trás e nos oferece...
E no final de cada pausa fica a questão: Quem Sou Eu?
Namasté!
Vanessa Barros Albernaz
