Paciência
Uma simples palavra que por vezes parece tão difícil de compreender, por simplesmente não ser fácil de a alcançar…
Quando nos achamos detentores dela muitas vezes estamos apenas cansados e sem fôlego para mais, estamos mais desmotivados que tranquilos e calmos, estamos mais imersos no nosso tapete que na dança que a vida nos impõe…
Outras vezes sentimos que ela chega na forma de impaciência, quando nos obrigam a fazer o que não queremos, a esperar no desespero de ver o tempo a passar, na tentativa de mandar em quem não se pode…
A verdade é que essa paciência de simples talvez não tenha mesmo nada, porque tudo nos incute um ritmo, um movimento mais lento ou mais rápido, mais ondulante ou mais oscilante… tudo nos abana e balança e nessa dança quase sempre nos perdemos da tão desejada paciência…
Tentamos depois ser esse monge zen que sai a meditar, mas que em meio da sua pausa é assaltado por sons, barulhos, desconfortos, … coisas que nos fazem dizer tenho de ser mais paciente, e quanto mais paciente queremos ser parece que mais frustrados ficamos, connosco, com o mundo, com tudo e com nada…
Simplesmente não somos pacientes… somos mais esse desejo do que paciência em si, porque do desejo ao ser nem sempre é um caminho fácil de trilhar, nem sempre nos é permitido esse avançar porque as nossas resistências adoram ficar bem alerta para nos lembrar que o desconforto está ali, olho no olho com essa paciência que não vem e que não sentimos porque somos assaltados segundo a segundo por algo que nos retira dali e nos faz lembrar que podíamos ser diferentes…
O que falta para alcançar essa paciência serena em si? Essa paciência que não vem da resignação, mas do coração?
Namasté!